PROJETO PILOTO ENSINA PROGRAMAÇÃO EM ESCOLAS

Nathália Salvado/ Instituto Ayrton Senna
Alunos de seis instituições de ensino de Itatiba, São Paulo, recebem três horas de aula por semana; atividade estimula criatividade e capacidade de resolver problemas
E se as escolas estimulassem as crianças a se tornarem mais que meros usuários de computadores, mas também programadores – capazes de entender e manipular linguagens que permitam criar novas tecnologias? A experiência está sendo testada em seis escolas públicas de Itatiba, interior de São Paulo, desde março, no projeto piloto Letramento em Programação, do Instituto Ayrton Senna.
Cerca de 90 alunos do 6o ao 9o ano frequentam três horas de aula por semana. As aulas (30 no total) são planejadas com base no Programaê!, projeto da Fundação Lemann que busca ajudar professores a aprender e a ensinar programação de forma simples (programae.org.br). “Esse é um primeiro passo, ainda é possível pensar em formas de integrar a programação ao trabalho curricular. Analisando exemplos de outros países, percebemos que ela desenvolve a criatividade e a capacidade de resolver problemas”, diz Adelmo Eloy, coordenador do projeto.  Ele explica que as habilidades exigidas pela programação podem se refletir em várias outras áreas. “Quando a criança pensa em um jogo, ela precisa pensar em um algoritmo, que pressupõe uma lógica de começo, meio e fim. Isso pode, por exemplo, auxiliar na criação de um texto argumentativo.”
A linguagem de programação utilizada é a Scratch, desenvolvida pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) especificamente para o ensino de crianças (scracht.mit.edu). Eloy explica que o projeto é baseado em exercícios de lógica de programação, que podem ser aplicados no aprendizado de outras linguagens de computador.
O projeto prosseguirá em cinco escolas da cidade, com o mesmo módulo inicial aplicado durante o primeiro semestre de 2016. Para as crianças que já completaram esse módulo, foi organizada uma sequência para que elas utilizem os conceitos de programação que aprenderam ao longo do semestre, além de workshops e premiações. Sobre a expansão do projeto, ponderou o coordenador, ainda será necessário consolidar o modelo de formação, o currículo aplicado e a operacionalização das ferramentas utilizadas. “A partir daí, podemos pensar em testá-lo em outras regiões, com ambientes diferentes”, concluiu.
Fonte: http://revistaneuroeducacao.com.br/

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