Base Nacional é aprovada pelo CNE

Texto, que teve voto favorável de 20 dos 23 conselheiros, segue agora para homologação do MEC
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Por: Rodrigo Ratier, Pedro Annunciato, Laís Semis
Por 20 votos a 3, membros do CNE aprovaram a Base Nacional Comum Curricular nesta sexta-feira, 15 de dezembro. (Foto: Laís Semis)
Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira, 15 de dezembro, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O texto, cuja versão revisada pelo órgão pode ser consultado aqui, segue agora para a homologação do Ministério da Educação (MEC). O texto foi aprovado por 20 dos 23 conselheiros e conselheiras.  
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Assim que for homologada, a BNCC passa a servir de referência para os currículos de estados, município e escolas. As redes e instituições terão dois anos para adaptar seus documentos de ensino – até 2020, portanto. Já as matrizes de referência de exames em larga escala, como a Prova Brasil, devem ser alinhadas à BNCC até um ano a partir da sua publicação.
Nas votações, os conselheiros reforçaram tanto o avanço que é ter uma Base quanto também a necessidade de revê-la com o tempo. Francisco Soares, um dos relatores do parecer aprovado, lembrou a incompletude do trabalho. “Quando olho a obra final, fico feliz. Ela não está pronta, teremos diferentes versões. Mas a Base faz algo importante neste país, que é especificar, pela primeira vez, o direito de aprender.”
Ele explicou, ainda, como a BNCC deverá ser incorporada aos currículos. “A função das redes e das escolas não é copiar e colar a Base. É preciso pegar cada objetivo de aprendizagem e ver como cada um deles deve ser tratado”.
CNE e a Base
O CNE é composto por especialistas em educação. Seus conselheiros são pessoas indicadas tanto pelo governo de Dilma Rousseff quanto pelo de Michel Temer. Para conhecer o currículo dos conselheiros, basta clicar aqui e ir à página do CNE. 
A criação da Base já estava prevista tanto na Constituição de 1988 quanto na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996. Mas ele só começou, na prática, no governo Dilma  - e continuou mesmo com as mudanças de gestão. A primeira versão do documento foi divulgado pelo MEC em setembro de 2015, ainda no governo petista, e recebeu 12 milhões de contribuições. Em maio de 2016, uma segunda versão foi divulgada, com as contribuições do ano anterior. 
Em junho de 2017, explicamos como a Base foi construída e as discussões sobre ela
O começo da sessão 
A sessão começou com o parecer das conselheiras Malvina Tuttman, Márcia Ângela Aguiar e Aurina Santana, que haviam pedido vista do processo no último encontro. As três conselheiras criticaram o tempo de aprovação do documento - segundo elas, rápido demais. Por determinação do presidente do CNE, Eduardo Deschamps, o prazo para produção do novo parecer foi de uma semana, tempo considerado por elas insuficiente.
“A escolha pela celeridade é uma afronta a esse colegiado, sobretudo se o entendermos como um órgão de estado e não de governo”, criticou Aurina. O documento das conselheiras também questionou a retirada do Ensino Médio das versões finais – a etapa de ensino vai ter outra Base, que está sendo discutida pelo MEC. “Não reconheço uma BNCC sem o Ensino Médio. Ele deve integrá-la, ou então não temos uma Base comum”, completou Aurina.
Ao final, as três recomendaram a rejeição do parecer com o texto da Base. Então, o presidente do CNE Eduardo Deschamps abriu a votação. Apenas as três conselheiras que pediram vista votaram contra ele.
Tempo de discussão
Nas declarações de voto, a questão do tempo de deliberação pelo Conselho foi o assunto principal. Os conselheiros se dividiram.
Gilberto Gonçalves Garcia seguiu as três conselheiras e afirmou que questões como gênero não foram suficientemente debatidas. “Poderíamos ter convocado mais sessões extraordinárias para deliberar, como fizemos na discussão sobre o Programa Mais Médicos”. Ao final, porém, ele votou pela aprovação do documento. 
Para Arthur Roquete de Macedo, a discussão do CNE não foi “açodada ou intempestiva”. O CNE recebeu do MEC a terceira versão do documento em abril deste ano e realizou cinco audiências públicas para discuti-la. “O processo foi democrático e republicano. E por ter acompanhado [o processo de construção da Base], posso dizer que voto absolutamente consciente de que essa BNCC representa um avanço.”
Roquete de Macedo destacou, ainda, que enxerga a Base não como uma obra definitiva, mas como um documento que deve ser melhorado. De acordo com a resolução aprovada, a BNCC deverá ser revista após cinco anos da efetivação.
Menções a gênero, alfabetização e Ensino Religioso
Temas específicos ficaram em segundo plano. Francisco Soares mencionou a volta do Ensino Religioso para a Base. “Isso se tornou fundamental depois da última manifestação do STF”, afirmou ele, em referência à decisão do Supremo Tribunal Federal que determinou, por 6 votos a 5, que a disciplina de Ensino Religioso nas escolas públicas pode ser confessional. A decisão garante às instituições o direito de oferecer aulas de religião vinculadas a um credo específico, contanto que elas não sejam obrigatórias. Com a Base, esse ensino terá diretrizes claras, mais voltadas às ciências da religião. 
Soares mencionou, ainda, a maior presença da tecnologia no documento e a alfabetização em dois anos. “Pela primeira vez, temos uma definição do que é estar alfabetizado”, completou.  Ivan Cláudio Siqueira saudou os avanços na educação étnico-racial. Já Gersem Baniwa avaliou que a Base avança na Educação Indígena, que, segundo ele, “deixará de ser tratada como um anexo na Educação nacional”.
A questão de gênero também mereceu considerações. César Callegari, presidente da comissão que discutiu a Base, criticou o que classificou como “pressão do MEC e de setores fundamentalistas que exigiram retirada a qualquer referência de gênero. Essa discussão é um direito das crianças e jovens”. A resolução aprovada pelo CNE coloca a questão entre os temas transversais - ou seja, que devem ser abordados em todas disciplinas - e chega a citar uma resolução de 2010 que estabelece a discussão nas escolas sobre assuntos como sexualidade e vida familiar. No entanto, o documento diz que o CNE ainda precisa “aprofundar os debates sobre esta temática” e poderá emitir, posteriormente, orientações específicas sobre gênero.
Repercussão do MEC
Após a aprovação do documento, o Ministério da Educação comentou a aprovação. “Com a BNCC, o Brasil se alinha aos melhores e mais qualificados sistemas educacionais do mundo, que já se organizam em torno de uma base comum”, afirmou o ministro Mendonça Filho. Ele disse, ainda, que o texto aprovado no CNE será revisto pelo MEC antes da homologação. “Vamos entregar aos brasileiros um texto plural e contemporâneo, que terá papel crucial na melhoria da qualidade e da equidade da educação no Brasil”, garantiu o ministro.
“A base é um avanço histórico para a educação brasileira e certamente vai contribuir para reduzir as desigualdades educacionais e promover a qualidade das aprendizagens”, disse também a secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro. “Para isso, o MEC será parceiro permanentes dos estados e municípios. São as escolas, as redes de ensino e os professores os grandes protagonistas da implementação. ”
Fonte https://novaescola.org.br

MEDO DE INOVAR: POR QUE PROFESSORES DO SÉCULO 21 AINDA PASSAM POR ISSO?

Um assunto cada vez mais em voga está relacionado ao modelo tradicional de ensino nas salas de aula do século 21. Uma pesquisa realizada pela antropóloga Lauren Herckis, na Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, mostrou que os profissionais da educação têm receio de inovar ou implantar novas práticas por medo de parecerem estúpidos e passar vergonha diante dos alunos.
Imagem: CDN NEWS
A conclusão veio após um longo acompanhamento de reuniões de professores e a observação de e-mails. Nessas ocasiões, os docentes discutiam estilos de ensino e, principalmente, possibilidades de inovação. De acordo com a pesquisa, um dos maiores desafios é certificar que esses professores não sejam constrangidos durante as aulas.
A consultora em Educação Andrea Ramal, disse ser comum que os professores deem aula da maneira que foram habituados a aprender durante a formação. A especialista citou três motivos que desenvolvem esse medo de inovar nos professores.
O primeiro é o temor em sair do modelo de ensino que já conhecido, o tradicional. Em outras palavras, há um apego à segurança deste método. Mesmo que muitos educadores tenham consciência de que esta metodologia não funcione mais nas salas de aula do século 21, muitos educadores têm um apego a este método.
A insegurança por não saber como os alunos reagirão ao uso da tecnologia e o fato de o método tradicional de ensino ser um modelo legitimado socialmente são os outros dois fatores apontados pela especialista. “É o que o diretor da escola e  a família esperam, é o que a maioria das pessoas pensam. O professor se sente obrigado a manter esse padrão”, disse Andrea Ramal.

Esperança de mudanças no curso de formação de professores

Uma alternativa para o início da transformação desses profissionais é a implementação de ferramentas inovadoras em suas formações. Se esses cursos continuarem totalmente baseados no modelo tradicional, dificilmente os novos professores inovarão quando estiverem lecionando.O apoio dos órgãos responsáveis pelo setor educacional de um país é imprescindível para que haja uma mudança no modelo educacional. Segundo Andrea, o problema do Brasil, especificamente, é que há poucas pesquisas que fundamentem a validade das inovações.
Nos Estados Unidos, por exemplo, muitos pesquisadores analisam as inovações e fazem um cruzamento entre os índices de aprendizagem. “Só a partir do momento em que há uma melhora no índice de aprendizado a inovação passa a ser recomendada e fundamentada academicamente. Isso traz mais segurança para os professores.”
A utilização de metodologias ativas pode ser o caminho para uma sala de aula com professores inovadores. Conceitos de sala de aula invertida, aprendizagem baseada em problemas (PBL), gamificação e outras ferramentas que estimulem o protagonismo do aluno usam tecnologia para o estudante ter acesso ao conhecimento sem, necessariamente, depender do professor para tudo.
“Existe uma tendência cada vez maior em buscar um novo perfil de professor. Profissionais autônomos, mais ativos, empreendedores. Isso vale para o professor na escola, mas também se aplica para outras profissões. Eu acredito que as escolas deveriam estar mais atentas a esse novo perfil que o mercado busca para reformular o seu currículo e também a sua didática.”


Fonte: http://inoveduc.com.br

Linguagens de programação para crianças: como ajudar seus filhos a escapar do 'analfabetismo do futuro'

Linguagens de programação para crianças
Adultos que não souberem programar a partir da nova geração podem ser 'analfabetos do século 21', segundo especialistas.
Saber programar em um computador é considerada por especialistas da área de informática como a habilidade do século 21. E, para aprender os fundamentos da codificação desde cedo, já existem no mercado produtos e serviços direcionados especificamente ao público infantil.

São brinquedos, livros, sites e cursos que têm como objetivo introduzir as crianças aos conceitos básicos de programação. Há opções até para bebês irem se familiarizando com o mundo dos bits e bytes.

"Quanto mais cedo, mais fácil de assimilar", disse à BBC Brasil a britânica Stephanie Shirley, de 84 anos, um dos ícones da tecnologia da informação. Ela sugere que crianças a partir de dois anos já sejam apresentadas às idéias básicas por trás da programação.

"O alfabetismo digital é a habilidade do século 21 e as pessoas que não aprenderem hoje serão consideradas analfabetas no futuro", disse à BBC Brasil Shirley, na mesma semana em que recebeu o título de Dama Honorária das mãos da rainha Elizabeth 2ª, no Palácio de Buckingham, em Londres.
No Brasil, a informática não faz parte do currículo escolar obrigatório. Estamos atrás de países como Finlândia, Austrália, Inglaterra, Japão e Estônia, onde crianças com 6 e 7 anos de idade já entram em contato com os fundamentos de codificação.
Nativos digitais
Embora muitas crianças tenham facilidade em mexer em eletrônicos - os chamados "nativos digitais" como batizou o escritor americano Marc Prensky -, isso não significa que elas estejam preparadas para serem produtoras de tecnologia, mas apenas consumidoras.
"Jogar, digitar, mandar mensagens não torna alguém fluente em computação. As crianças, hoje em dia, tem familiaridade em usar as novas tecnologias, mas não em criá-las. É como se elas pudessem ler, mas não escrever", afirmou Mitchel Resnick, professor do MIT.
É preciso encarar com cautela, no entanto, sugestões como a de Shirley. A ideia não é impor um computador e códigos complexos a crianças, mas sim apresentar, de forma lúdica, a lógica da linguagem baseada em comandos.
O brasileiro Leo Burd, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), desenvolveu com Mitchel Resnick a plataforma online gratuita Scratch, para ensinar crianças a partir dos 6 anos a programar.

Para especialistas, saber programar será tão importante para a próxima geração quanto dominar uma língua
Segundo ele, brincadeiras simples podem apresentar conceitos de codificação com criatividade.
"A criança pode brincar de ser robô dando ordem uma para outra. Ela pode dar uma série de comandos para a mãe chegar até a geladeira: anda dois passos para a direita, depois dá dois passos e vira para a esquerda. Você está usando conceitos de programação sem necessariamente estar no computador", sugere.
O brasileiro alerta também para possíveis exageros na apresentação de códigos a crianças, fazendo uma analogia com andar de bicicleta - é muito mais fácil ensinar uma criança a pedalar do que um adulto.
"Mas você não vai ensinar um bebê a andar de bicicleta!", ressalta Burd. "Eu não o colocaria na frente de um computador", acrescenta.
Fluência em linguagens de código
Uma pesquisa conduzida pela Universidade Stanford, nos Estados Unidos, indicou que até 2030 a inteligência artificial estará, por exemplo, presente nos estudos das crianças, na forma como cuidamos de nossa saúde e até na organização do trânsito.

Sendo assim, saber programar será tão importante quanto o domínio de uma língua, independente de a pessoa trabalhar na área de informática, medicina ou direito, por exemplo.

"Aprender a ler e escrever é uma coisa importante para a vida das pessoas. Isso não significa que todo mundo que aprende a escrever será um escritor profissional. Mas é importante ganhar fluência", afirma Burd, do MIT.

"É preciso ter pelo menos um conhecimento mínimo de como as coisas funcionam no computador. Assim, você começa a ter ideia das limitações da máquina e como ela pode contribuir para a sua vida ou não. O computador deixou de ser apenas uma tela e um teclado. Está em tudo. São formas que a gente nem se dá conta."

Há exemplos de quem já vem aprendendo isso desde cedo, como a americana Emma Yang, que aos 12 anos criou um aplicativo para se comunicar com a avó que sofre de Alzheimer, ou o indiano Arjun Kumar, que aos 14 desenvolveu um app para os pais acompanharem online o trajeto do ônibus escolar de seus filhos.

"Na nossa sociedade não precisamos explicar por que a matemática é importante. Isso já está convencionado. É diferente da programação", ressalta Tiago Maluta, responsável pelo Programaê!, projeto da Fundação Lemann que, em parceria com o MIT, desde 2014 oferece apoio gratuito a professores das redes pública e privada no Brasil, disponibilizando em seu site planos de aula para ensinar a codificar.

"Usamos um termo mais abrangente que é o pensamento computacional, que envolve raciocínio lógico, trabalho em equipe, resolução de problemas, criatividade", afirma.

"Há uma prática transversal nas disciplinas. Tem um conceito que gostamos de usar, do MIT, que é o programar para aprender. Eu programo para aprender uma disciplina da escola. Tivemos o caso de um professor de educação física que estava usando os elementos de ângulo do Scratch para ensinar seus alunos", conta Maluta.

Programação para crianças faz 50 anos
A história das ferramentas de programação destinadas a crianças é menos recente do que muitos pensam. Neste ano, faz 50 anos que o primeiro projeto educacional do gênero, o Logo, foi lançado nos EUA. Ele se tornou conhecido pela produção de gráficos tartaruga, que consistem em desenhos vetoriais criados por meio de comandos.

A data está sendo lembrada pela ilustração do Google, o Doodle, com uma animação inspirada na linguagem Logo, o que já fez o termo "linguagens de programação para crianças" saltar para o topo das buscas da ferramenta.

A BBC Brasil colabora com sua busca reunindo sugestões no Brasil e no mundo de como apresentar os pequenos à programação.

Livros
Com Code Babies, o web designer nova-iorquino John Vanden-Heuvel fez um livro de abas com muitas cores e símbolos usados na programação para que seu filho recém-nascido se familiarizasse com esses padrões.

Assim, surgiu uma série que inclui títulos como HTML for Babies, CSS for Babies, JavaScript for Babies, Web Design for Babies e Web Colors. A linguagem visual também é utilizada em livros para crianças maiores, como C++ for Kids, Excel for Kids e ABC of the Web.

Por sua vez, a analista de sistemas finlandesa Linda Liukas escreveu o livro Hello Ruby para apresentar conceitos básicos de codificação a crianças a partir de 4 anos. O objetivo, segundo ela, não é tornar a criança uma programadora, mas sim despertar o interesse pelo tema e desmistificar sua complexidade com exemplos de comandos, sequências e repetições.

Na história, traduzida em 20 línguas, a pequena Ruby perde sua coleção de pedras preciosas e embarca numa aventura para encontrá-las. No caminho, tem a ajuda de um leopardo, androides, uma raposa e um pinguim.

Robot Turtles é um jogo de tabuleiro tradicional em que a criança atua como um programador - o adulto é o computador. As tartarugas devem coletar pedras preciosas seguindo uma sequência de instruções. Sem perceber, elas vão aprendendo sobre sequências, loops, condições e algoritmos, conceitos básicos da programação. Indicado a partir dos 3 anos.

Já o Baby Codipeia, um brinquedo indicado a partir dos 3 anos, consiste em uma centopeia interativa em que cada segmento tem um comando de movimento - a criança pode criar sequências e determinar metas.

No Ozobot, um robô do tamanho de um bombom segue as linhas desenhadas pela criança em um papel e interpreta cada cor. Assim, são dados, por exemplo, comandos de velocidade e direção. Também é possível criar jogos e estipular objetivos. O brinquedo, que já recebeu vários prêmios, é indicado para maiores de 6 anos.

Cursos
Em diversos países estão sendo inauguradas escolas que prometem ensinar crianças em idade escolar a codificar.
No Brasil, SuperGeeks, MadCode, CtrlPlay, Code4All e Happy Code são algumas das franquias que apostam no nicho. Muitas usam jogos já populares como Minecraft e Roblox para chamar a atenção de meninos e meninas.
"Nossa proposta é mais do que programação, é ser uma escola das habilidades da nova economia do século 21, isto é, incentivar raciocínio lógico, trabalho em equipe, resolução de problemas, empreendedorismo e criatividade", comenta Alexandre Jacobs, sócio da Happy Code, no Rio de Janeiro, que oferece cursos para crianças acima dos 6 anos.

A franquia conta com 77 unidades no país e um total de 3,5 mil alunos. A meta é chegar a 150 filiais no ano que vem.

Sites
Quem não quiser pagar um curso, pode buscar sites que oferecem plataformas gratuitas, como Hour of Code, Code.org, Pivot Animator e Scratch, do MIT, que permite ao usuário criar animações e jogos usando uma linguagem com blocos similares a Legos.

O Scratch já foi traduzido em 50 línguas, contabiliza 200 milhões de visitantes únicos por ano e deu origem ao ScratchJr para iPad.
Há também alguns sites direcionados às meninas, como Girls who Code, Black Girls Code e Made with Code, do Google.

Quase todos usam cores, personagens, elementos de jogos com interfaces simples de usar.
Fonte: BBC
https://www.moodlelivre.com.br